Após aumento de 228% de crimes contra o PIX, Marcelo Messias (MDB) insiste na importância de projeto que pede o fim da ferramenta na Capital
Marcelo Messias é vereador em São Paulo pelo MDB / Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
O vereador Marcelo Messias (MDB) voltou a insistir na necessidade de proibir o PIX na capital paulista após um levantamento da “CNN” mostrar que os crimes envolvendo esse modelo de transferência bancária cresceram 228,4% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2021.
Além disso, houve aumento de 6% de roubos e furtos de celular no estado de São Paulo em janeiro e fevereiro deste ano, com 60.828 ocorrências.
Em entrevista à Gazeta, Messias, que apresentou em fevereiro deste ano um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo que propõe proibir o PIX na capital paulista, disse que a ferramenta tem causado uma insegurança muito alta, e até a volta de sequestros na cidade.
“Agora tem a moda em São Paulo de se ter dois celulares: um para ficar em casa, com o Pix, e o outro para usar no dia a dia”, explicou o vereador.
Segundo ele, os idosos são especialmente vulneráveis a esse tipo de criminalidade, por terem, em geral, menos habilidade para lidar com inovações tecnológicas.
Messias afirmou que, desde que apresentou o projeto, não recebeu qualquer contato da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para discutir melhorias na ferramenta de transferência. “Eu não sou contra o PIX, sou a favor da vida”, garantiu.
No projeto, o parlamentar sugere que as contas vinculadas a agências bancárias de São Paulo voltem a dispor apenas de TED e DOC. A proposta está neste momento em análise na Câmara de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal.
O parlamentar diz também que vem conseguindo apoio entre vereadores da Casa para votar a favor do projeto.
Lançado em novembro de 2020, o Pix se tornou popular rapidamente. De acordo com a “CNN”, em março o número de transações alcançou 1,6 bilhão.
Pesquisa realizada pela Febraban do fim do ano passado mostra que o Pix é aprovado por 85% dos brasileiros.
FONTE: Gazeta de S. Paulo
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